13.2.10

Se eu soubesse sorrir, eu sorriria. Fosse para transmitir alegria, fosse para afastar tristezas.
Se eu soubesse sorrir, eu havera de estar sorrindo agora. Depois. E depois. E antes.
Se eu soubesse sorrir, não haveriam derrotas, nem fracassos, nem infâmias, nem desgraças que ele não pudesse subjugar.
Se eu tivesse um sorriso, eu sorriria com prazer; com ternura; e afeição. Acordaria todas as manhãs e seria inspirada por aquele sorriso; e lembraria o quão bom é ver as pessoas se aproximar.
Porque sorrir seria meu refúgio, meu consolo. Haveriam horas em que ele seria estático, automático; seria um sorriso à mim, à vocês, ao nada, à qualquer coisa; à tudo, talvez.
Mas, não o tenho e nem o sei. No seu lugar jaz uma expressão, à mim, de enfado; à vocês, de desdém.